Resumo de Contração Muscular
Antes de iniciarmos a revisão anatômica é importante lembrar que existem basicamente dois tipos de células musculares:
· Músculo Liso – Músculo que não possui estrias, com menor grau de organização celular. Encontrado em órgãos, vísceras e mucosas;
· Músculo Estriado – Esse grupo possui um maior grau de organização celular, podendo ser facilmente identificado pela posição do núcleo, podendo ser dividido em dois subgrupos:
o Esquelético – presente nas fibras e núcleo;
o Cardíaco – uma especialização do músculo estriado presente no coração.
tipos de células musculares
Revisão Anatômica – É fundamental lembrar que as estruturas celulares musculares ganham novos nomes. O sufixo sarco (carne, polpa) aparece frequentemente para se referir as células musculares. Por exemplo:
· Citoplasma = Sarcoplasma;
· Membrana Plasmática = Sarcolema;
· Unidade estrutural = Sarcômero;
· Célula muscular = Fibra muscular;
· Retículo Endoplasmático = Retículo Sarcoplasmático;
Além disso, o sufixo mio (músculo) também pode aparecer para denotar algumas estruturas como as miofibrilas – estruturas das fibras musculares. Na imagem abaixo temos praticamente todas as componentes do músculo esquelético que serão importantes para compreender o caminho do impulso nervoso até chegar na contração muscular. Apesar de parecerem muitos nomes, ao decorrer do impulso fica muito natural entender e lembrar de cada parte. No momento, é importante apenas estar familiarizado esse nomes.
Fisiologia
Vamos estudar como se estivéssemos fazendo o caminho do impulso nervoso. Desde a chegada do estímulo nervoso até a contração propriamente dita.
Junção Neuromuscular- Assim é chamado o botão axonal que se liga a fibra muscular e é responsável por desencadear o processo de contração carregando o potencial de ação até o músculo. Ele chega pelo neurônio eferente e por estar encostado no músculo ele libera um neurotransmissor (Acetilcolina) que é responsável por propagar o potecial de ação.
Neurônio efetor e junção neuromuscular
Apesar da acetilcolina ser um neurotransmissor que relacionamos mais com o estado de relaxamento, podemos pensar que os canais de Sódio presentes no sarcolema estão “contraídos” e ao se ligarem com a acetilcolina liberada pela junção neuromuscular do neurônio eferente o canal “relaxa” e assim permite a passagem de sódio para dentro da célula fazendo com que o potencial continue seu caminho.
Túbulos T- depois que os canais de sódio são abertos pela ação da acetilconlina, o sódio entra e viaja até o interior da fibra fazendo com que o retículo sarcoplamático seja estimulado. O grande papel dos túbulos é carregar o potencial de ação.
Como o retículo está cheio de Cálcio, o estímulo nervoso é o sinal que ele precisa para liberar os íons no sarcoplasma. Sem o cálcio liberado a contração muscular não acontece.
túbulos T
Aqui temos uma visão mais geral para entender o processo:
Finalmente chegamos no local onde todo o impulso nervoso vai ganhar sentido muscular.
Sarcômero- É a unidade básica da fibra muscular. É nele que o processo de contração acontece e entender bem cada parte dele é fundamental para compreender todo o processo.
sarcômero
Note que na contração muscular o que acontece é que as Bandas H e I se contraem, porém a Banda A permanece constante
Duas estruturas principais são a miosinae actina. Elas se diferenciam não apenas pela posição, mas também por que a actina é um filamento fino, já a miosina é um filamento grosso.A interação entre eles é responsável pela contração e será analisada posteriormente.
Outras duas estruturas importantes são a tininae nebulina.Basicamente, suas funções são proporcionar estabilidade e elasticidade para a miosina e actina, formando os pares Tinina/Miosina e Nebulina/Actina.Para ficar mais fácil de entender é imagina que a tinina e nebulina seriam os locais onde a miosina e actina estariam enroladas.
Interação da miosina e actina –
Ao ser liberado no sarcoplasma o cálcio se liga a Troponina, que está ligada a tropomiosina. Até então a tropomiosina estava “relaxada” o que faz com que impeça a ligação da miosina com os sítios de ligação da actina. Quando o cálcio se liga a tropomiosina ela “contrai” e libera os sítios de ligação para a miosina.
A miosina por sua vez, se liga a ATP que gera energia para que aconteça a interação. Depois de ligadas uma a outra a miosina empurra a actina fazendo com que uma deslize sobre a outra, finalizando por desfazer a ligação e a miosina voltar ao estado orginal, assim como o cálcio ser liberado pela actina voltando tudo ao estado inicial. A sequência desse processo é que faz com que haja contração muscular completa.
Vídeo Resumo:
Aluno : Alex Guimarães
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